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  • Writer's pictureSâmara Jorge

Quanto custa ter um filho?

Não é raro lermos artigos ou ouvirmos discussões de pais e mães sobre o custo financeiro que envolve a decisão de ter um filho.

Não há dúvida de que ter um filho impacta diretamente na vida financeira dos casais. Isso é um fato.

Entretanto, o que me motiva a escrever sobre o tema é o quanto o dinheiro parece ser a grande fonte de preocupação.

E como, diante da separação dos pais, essa se torna uma discussão que, muitas vezes, se sobrepõe às outras responsabilidades que envolvem criar um filho.

Infelizmente alguns pais acreditam que, para demonstrar o amor, devem prover o filho com viagens, passeios, celulares, tablets, computadores etc.

Assim, preocupam-se em atendê-los em suas demandas materiais e ocupam-se deles somente através dessa via.

Um filho custa financeiramente, é verdade, mas custa muito mais.

Um filho custa o cansaço de noites mal dormidas e anos de preocupação.

Um filho custa atenção, mesmo quando o cansaço é enorme.

Um filho custa a difícil tarefa de dar os devidos limites.

Custa ensinar o certo e o errado.

Custa o empenho dos pais em dar bons exemplos para que a consciência ética seja desenvolvida.

Quando maior, um filho custa levantar de madrugada para buscá-lo nas primeiras baladas.

Custa sim, intermináveis conversas sobre a vida.

Custa muito colo e acolhimento quando vierem as primeiras decepções amorosas.

Custa aos pais aguentarem a sua própria tristeza e angústia de verem o filho sofrer.

Custa prepará-los para a vida.

Custa construir uma pessoa com boa auto-estima.

Custa ensiná-los a se divertir e, ao mesmo tempo, tornarem-se pessoas responsáveis.

Custa muitas outras coisas que não disse aqui.

E qual a moeda envolvida nesse custo todo?

O AMOR.

Que, nesse caso, é fonte inesgotável de disponibilidade.

Que faz com que todo o cansaço magicamente vá embora quando um sorriso do filho se abre.

Ou quando nos enchem de beijos e abraços espontâneos.

Quando os vemos crescer, tomar suas próprias decisões e trilhar seus caminhos, autônomos e independentes.

E, assim, nós, pais, podemos seguir tranquilos de que fizemos o melhor investimento de nossas vidas.

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