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  • O que entendemos por saúde?

A grande maioria das pessoas entende que saúde é estar fisicamente saudável, fazemos check-ups, exames, vamos ao médico. E isso é muito importante, mesmo!

Porém, essa é uma visão parcial, uma vez que a ideia de saúde, necessariamente deveria envolver a saúde mental. Embora nossa sociedade tenha a tendência a separar as coisas, somos seres biopsicossociais, isto é, nossa saúde é a somatória de fatores biológicos (físicos), psicológicos e sociais.

Esse momento de pandemia que estamos vivendo reflete muito bem essa visão: quantas pessoas estão com sua saúde mental e física comprometidas, em razão de um fenômeno coletivo que é o coronavírus, mesmo sem ter contraído COVID?


  • O que é saúde mental?

Embora a OMS (Organização Mundial de Saúde) não tenha conceituado a saúde mental, podemos descrevê-la como a forma que uma pessoa lida com seus sentimentos, emoções, desafios e acontecimentos da vida.


  • Saúde Mental é o mesmo que doença ou transtorno mental?

Não! Parece haver um viés preconceituoso de que falar sobre saúde mental, é falar sobre transtornos. Saúde Mental é relacionado, como o próprio nome diz, à saúde. Se estamos conseguindo lidar com o estresse do dia-a-dia, com nossas emoções e demandas da vida, sem perder o equilíbrio, isso significa que nossa saúde mental anda bem.


  • Minha saúde mental estará bem se eu estiver sempre tranquila e feliz?

Esse é um dos mitos que envolvem a saúde mental. Experimentamos o tempo todo, muitos sentimentos em nossa vida. Alegria, tristeza, raiva, dor, ciúmes, medo, ansiedade, frustração, prazer são alguns deles. Se uma pessoa passa por uma situação de morte, desemprego, separação, pandemia, ou qualquer outro momento difícil, é natural e saudável que ela sinta e expresse sentimentos de tristeza, angústia ou medo, por exemplo. O que vai dizer se está ou não lidando bem com tudo o que lhe está passando é a sua resiliência, a sua capacidade de sustentar o sofrimento e, aos poucos, se refazer.


  • Quais cuidados devo ter para manter a qualidade de minha saúde mental?

Dormir de sete a oito horas por noite, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, ter uma rotina mais ou menos estruturada (e quebrar a rotina em alguns momentos) são hábitos muito importantes para a manutenção da saúde física e mental.


Além disso, incluir momentos de lazer e prazer, conviver com as pessoas queridas, tirar um tempo para relaxar, sair um pouco das redes sociais, encontrar um hobbie.


Buscar algum processo de autoconhecimento também é essencial. Quanto mais profundamente você se conhecer, reconhecer seus potenciais e dificuldades, melhor poderá entender sua forma de ver, estar e lidar com si mesmo, com suas escolhas, emoções, com as outras pessoas, relacionamentos e com os convites leves ou desafiadores que a vida lhe fizer.


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samarajorge

“Tudo o que quer de mim

irreais

expectativas

desleais”

Vanessa da Mata


Quem de nós vive sem criar expectativas?

Ninguém!

Elas fazem parte da vida e são criadas, sobretudo, quando estamos começando um novo trabalho, um novo projeto ou um relacionamento.

Quando conhecemos alguém e nos apaixonamos, projetamos no outro nossos desejos, nossos medos e até a nossa felicidade, mas a verdade é que ainda não o conhecemos o suficiente para saber como ele é de fato.

Contudo, é importante termos clareza de que nossas expectativas são nossas, e que nem sempre o outro vai correspondê-las ou ser como o idealizamos.

Esse tem sido um tema bem recorrente nesses tempos pandêmicos.

Muitos casais, com mais ou menos tempo de relacionamento, decidiram morar juntos ao longo da pandemia.

Nesse momento tão difícil, de isolamento social, medos e incertezas, ter a companhia do parceiro parecia a solução ideal. E, para muitos, foi mesmo uma ótima decisão!

Porém isso não quer dizer que seja fácil, pois se relacionar não é tarefa simples. Requer muita empatia, paciência e disposição para olhar para dentro de si, para suas expectativas e, principalmente, para lidar com as tão temidas frustrações.

Muitas vezes achamos que o outro nos decepcionou, mas na verdade, fomos nós que nos decepcionamos, por projetarmos nele, coisas que são mais nossas do que dele. E, quando não estamos atentos a isso, abrimos espaços para brigas, desentendimentos e cobranças.

Daí a importância de criar um espaço de diálogo para que o relacionamento se construa de forma saudável e profunda. Sem isso ficaremos oscilando entre nossas expectativas e frustrações, o que pode acabar nos distanciando do parceiro e destruindo a relação.

Quando falamos em diálogo, sempre pensamos que precisamos ter espaço para falar o que sentimos, o que é verdade, mas só em parte.

Dialogar implica em falar e ouvir, desenvolver uma escuta amorosa, mergulhar no que o outro está dizendo, em como nos sentimos e trocar.

Construir uma comunicação amorosa, percebendo o que é nosso, o que é do outro, o que é nossa expectativa, e quem é o nosso parceiro, verdadeiramente, é a melhor forma de viver uma relação de amor, respeito e harmonia.

Mas, para isso, é necessário dialogar, antes de tudo, com si mesmo, refletindo sobre as próprias percepções, sentimentos e atitudes.

Quando nos aprofundamos em nós mesmos, e temos a coragem de nos ver como realmente somos, estamos prontos para nos aprofundar no outro e descobri-lo, sustentando o crescimento do amor, sem os véus de nossas expectativas e idealizações.

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Writer's pictureSâmara Jorge

Updated: Sep 4, 2021

Quando a pandemia chegou não tínhamos a menor ideia de como ficariam nossas vidas, muito menos, as nossas relações.


Todas, certamente, passaram por mudanças.


A tela ocupou o vazio deixado pela falta dos beijos, abraços e dos encontros gostosos. Datas especiais passaram a ser comemoradas telepresencialmente.


Em um primeiro momento tudo parecia suspenso, afinal, seriam poucos meses até que a vida voltasse ao normal. Porém, não foi assim e, até o presente momento, estamos em meio a um tempo que parece não ter fim.


Saudade é um sentimento que se faz presente na grande maioria de nós.


Foi necessário que nos reinventássemos para não congelar as nossas vidas, até que a pandemia terminasse.


Isso fez com que as relações ganhassem novos arranjos.


As experiencias são as mais diversas.

Alguns solteiros fecharam-se e recolheram-se, esperando a crise melhorar e a vida “voltar ao normal”.


Outros, profundamente incomodados com a solidão, resolveram se aventurar em aplicativos e conhecer pessoas, ainda que virtualmente, arriscando um encontro com aqueles que sentiam que poderia “dar match”.


Namoros se iniciaram na pandemia, e seguem, mas não sem ressalvas, pois fica uma lacuna a ser preenchida quando a pandemia acabar: como será essa relação fora da bolha? Será que ainda existirá um casal, quando, novamente, estiverem se relacionando socialmente?


Em outros cenários, separações foram adiadas pela dificuldade de, nesses tempos, alguém sair de casa ou fazer uma mudança tão grande na vida. Alguns tiveram a oportunidade de, por não agir impulsivamente, ressignificar a relação, e se reconectar com o amor que sentiam.


Ou ainda, separações fizeram-se urgentes, pelo aumento do número de casos em que a violência doméstica se revelou ou, pior, tornou-se insuportável, a ponto de precipitar uma atitude que, de outro modo, poderia levar anos para ser tomada.


Movidos pelo desejo ou pelo receio de não conseguirem sustentar relacionamentos à distancia, alguns casais, com pouco tempo de convivência, decidiram se juntar e acabaram “casados”, compartilhando a vida, sem planejamento anterior, e construindo a relação em uma situação, onde a presença do outro, quase nunca se torna ausência.


Situação difícil para aqueles que precisam de tempo para tomar decisões e fazer planos lineares para suas vidas, ou que temem a intimidade. Para esses, a opção foi ficar separados, namorando à distancia ou encontrando-se pouco. Entretanto, nessas parcerias, com o passar dos meses, revelou-se o receio de que a relação se tornasse morna ou não se sustentasse por muito tempo, pela falta de convivência.

Seja como for, do ponto de vista subjetivo, a pandemia tem revelado, e espelhado, a forma como nos colocamos no mundo, como nos relacionamos com nossos medos, nossos impulsos, nossas dificuldades e de como nos posicionamos em situações desafiadoras.. Ativou reflexões e a busca por respostas a respeito de nós mesmos e de nossas relações. Estimulou a criatividade para lidarmos com um momento tão difícil e inusitado. E, sobretudo, trouxe à tona a resiliência, tão necessária, para colocarmos vida, dentro dessa vida que estamos vivendo.



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