Carnaval chegando e, com ele, dúvidas e angústias sobre como lidar com os pedidos de filhos adolescentes para participar das festas, desfiles, micaretas, bailes e baladas.
É certo que o apelo nessa época é grande. O país se prepara o ano todo para a chegada dessa data. Mas quando se trata de educação e criação de filhos, esse não é um evento diferente. Permitir ou não que o adolescente brinque o Carnaval é uma decisão dos pais, assim como todas as outras decisões e limites necessários.
Essa pode ser uma ótima oportunidade para conversar com seus filhos sobre sexo seguro, drogas, álcool e responsabilidade. Ouvir o que ele tem a dizer sobre o assunto é fundamental. É preciso não esquecer que dialogar é falar, mas é também, saber ouvir. Leve em conta a forma como ele tem se comportado, se comete abusos, se vive em situações de risco, ou se tem demonstrado maturidade e responsabilidade com a vida de uma forma geral.
A adolescência é uma fase de curiosidade e experimentações. É também um momento de transição para a vida adulta e, embora muitos meninos e meninas já tenham uma aparência mais “adulta” e um discurso de autonomia e independência, ainda não estão prontos para lidar com o mundo adulto.
Há pais que têm receio de dizer não, especialmente nessa fase em que tudo é feito em grupo e os amigos são muito importantes. O não pode até ser visto pelo filho como uma injustiça, “chatice” ou intransigência dos pais. Mas lembre-se de que um limite justo e bem colocado é, na verdade, um ato de amor e proteção. A falta dele é sentida como abandono e pode ter consequências desastrosas. Quando caminham juntos, limites e liberdade estruturam a personalidade, preparam para a vida, dão referências e ajudam o jovem a desenvolver a responsabilidade, o cuidado com ele mesmo e uma consciência ética.
Caso resolva que está na hora de deixá-lo viver essa experiência, aqui vão algumas dicas:
Combine com ele o dia ou os dias em que irá para o Carnaval.
Procure saber com quem está, aonde vai e a que horas pretende chegar. Isso é essencial.
Busque informações sobre o local antecipadamente.
Converse com os pais dos outros adolescentes que farão parte da turma.
Participe. Se possível, leve e vá buscar. Caso contrário, combine com os outros pais como isso será feito.
E, sobretudo, seja coerente com a educação que dá a ele.
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